Na briga para combater os efeitos
das mudanças climáticas, Pernambuco precisa correr contra o tempo.
Para acelerar o passo, o governo do estado criou a segunda unidade de
conservação da caatinga e instituiu o programa de sustentabilidade do bioma. As
iniciativas pretendem combater a desertificação – fenômeno com fortes sinais em
alguns municípios -, preservar parte do que resta da bioma e, consequentemente,
adequar a realidade do estado aos padrões internacionais de conservação. O
mínino a se proteger e manter legalmente em cada bioma, segundo a ONU, é de
10%. Em menos de um ano, Pernambuco saltou de zero para 8,4 mil hectares de
área protegida, mas não alcançou sequer 1% do que representa a caatinga.
Até 2014, o governo do estado pretende criar mais 11 unidades de
conservação do bioma, totalizando 13 e multiplicando em pelo menos 10 vezes a
área protegida. Dos 8,4 mil hectares agora resguardados, 89,5% resultaram do
decreto assinado pelo governador Eduardo Campos na última sexta-feira. O
documento criou em Floresta, no Sertão, a Estação Ecológica Serra da Canoa. A
área fica entre o Rio Pajeú e o Riacho do Navio e será voltada, segundo o
secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, a ações como pesquisa
científica, educação ambiental e preservação da biodiversidade da caatinga,
bioma considerado um dos mais ricos do semiárido no mundo. Antes da Serra da
Canoa, criou-se o Parque da Sementeira, em Serra Talhada.
Fonte: Diario de Pernambuco