Com um rebanho bovino que alcança cerca de 60 mil animais, a cidade de Serra Talhada, que polariza cerca de 30 municípios na região do pajeú, ganhou, no início desse ano, a SERLEITE LATICÍNIO – LEITE E DERIVADOS. Erguida numa área de 25 hectares, a indústria contribui economicamente e começou a produzir a cerca de um mês e meio, gerando 12 empregos diretos.
A linha de produção é variada e
inclui queijo coalho, mussarela, iogurte, manteiga, bebidas lácteas diversas. A
capacidade para produzir também leite pasteurizado tipo C. Só que a demanda do
leite ainda é pequena. Conta o fator cultural, pois parte da população de Serra
Talhada ainda não se habituou a adquirir o produto desta forma, apesar de ser a
mas correta e higiênica, atestada pelos órgãos sanitários. O empreendimento tem
potencial para beneficiar 10 mil litros de leite diário.
A Serleite começou a ser
pensada a cerca de cinco anos pelo empresário Auxêncio Alves de Carvalho Filho
e passou a ser realidade a três anos, iniciando sua operação no começo de 2012.
“Serra Talhada se transformou,
nos últimos 10 anos, em pólo comercial, médico e educacional. É um dos
municípios que mais se desenvolve no estado e foi vendo todo esse potencial que
comecei a formatar a ideia de implantar aqui uma indústria de laticínios, visto
que potencial leiteira nós temos, alem das cidades polarizadas por Serra”,
observou o empresário.
Auxêncio deseja mesmo é que os
criadores locais se conscientizem mas da importância da industria para o
mercado leiteiro local. “A nossa capacidade para a geração de emprego e renda é
enorme, mas os criadores de Serra Talhada ainda não estão habituados com a
industrialização, preferem comerciar o produto in-natura. As vezes, até perdem
o leite mais não vendem para a gente”, lamentou Auxêncio.
Segundo ele, a Serleite é
considerada indústria modelo pelos órgãos de fiscalização sanitária em
Pernambuco como a Agencia Estadual de Defesa Agropecuária – ADAGRO e a
Vigilância Sanitária Estadual. “O que não acontece com esses mesmo órgãos em
suas regionais aqui em Serra. Se eles fiscalizasses mais teríamos como colocar
em pratica o modelo social e econômico que pensamos para a região com a
implantação da industria”, salientou.
Para dar vazão a capacidade da
Serleite, o empresário fechará em breve uma parceria com os produtores de
Bodocó, segunda maior bacia leiteira do Estado. “Iniciamos as conversas que
estão bem adiantadas. Em Bodocó encontramos uma aceitação maior do que temos
tido aqui em Serra Talhada nesse processo de beneficiamento do leite. E vamos
longe com nossos produtos. Queremos a chegar a Petrolina”, revela Auxêncio.