Peritos verificam se são humanos e se pertencem a
vítima de trio canibal.
Suspeitos foram levados pelos policiais para apontar locais de escavação.
Neste sábado (21), a Polícia Civil de Pernambuco encontrou, em uma casa no bairro de Rio Doce, em Olinda, no Grande Recife, pedaços de ossos que serão periciados para saber se pertencem a vítimas do trio suspeito de assassinatos e canibalismo, preso há dez dias no interior do estado. Participaram da operação aproximadamente 50 agentes, entre policiais da Delegacia de Homicídios de Olinda, do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Coordenação de Operações e Serviços Especiais (Core). Eles levaram os suspeitos até uma residência na Rua A, nas proximidades da casa onde eles moraram em 2008, para indicar os possíveis locais onde vítimas teriam sido enterradas.
Os técnicos do Instituto de Criminalística também
estavam no imóvel e a área foi isolada para que o trabalho pudesse ser
realizado. A hipótese mais provável é de que o material localizado seja restos
mortais de uma adolescente desaparecida desde 2008. No começo da tarde, o
trabalho na casa foi encerrado e os ossos foram levados pelos peritos. “Foi
solicitada a vinda da perícia porque, supostamente, foi encontrado o que seriam
as falanges da vítima. Isso dependerá de confrontação e de confirmação. Além do
crime do homicídio, pode haver o crime de ocultação de cadáver, que era um
traço marcante do trio”, afirmou o delegado Joselito Kerhle, gestor do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), setor que está
coordenando a investigação.
Questionado se o material encontrado seria da
adolescente desaparecida, o agente disse que ainda não é possível comprovar.
“Essa é a afirmação deles [dos suspeitos]. Obviamente, se esses restos mortais,
são, de fato, humanos, será confrontado e, através de uma perícia, confirmado
se pertencia à adolescente ou não. Mas a ocultação do cadáver sendo positiva, é
mais um crime que será atribuído ao trio”, acrescentou.
O terreno do quintal foi remexido e, em três
locais, os policiais encontraram pedaços de ossos. “A indicação foi feita
separadamente pelos três suspeitos e houve essa coincidência e, a partir das
escavações, encontramos o que seriam as falanges”, disse Kerhle.
O homem de 50 anos e duas mulheres, de 51 e de 21,
foram presos no dia 11 de abril na casa em que moravam, no município de
Garanhuns, no Agreste. No local, foram encontrados os corpos de duas mulheres
enterrados. De acordo com as investigações, eles atraíam as vítimas com falsas
promessas de emprego, em vários locais onde moraram.
Por volta das 11h, os suspeitos foram levados de volta aos locais onde estão presos, mas as equipes de policiais e peritos continuaram lá. Além de Kherle, o diretor de Operações Especiais da Polícia Civil, Osvaldo Morais, participou das buscas.
Por volta das 11h, os suspeitos foram levados de volta aos locais onde estão presos, mas as equipes de policiais e peritos continuaram lá. Além de Kherle, o diretor de Operações Especiais da Polícia Civil, Osvaldo Morais, participou das buscas.
Fonte: G1